Você sabe o que é o Projeto City Câmera?

Admin
A MBM Tech resolveu esclarecer aos seus leitores o que é o projeto lançado pela prefeitura de São Paulo em 11/07/2017 e quais são os benefícios trazidos por esta iniciativa.

O projeto City Câmera da prefeitura de São Paulo nada mais é do que uma plataforma on-line para gravação e visualização de imagens de câmeras através da internet. A plataforma foi desenvolvida pela empresa Camerite, de Joinville, e tem como um de seus parceiros a Prefeitura de São Paulo.

A plataforma permite que câmeras IPs e câmeras analógicas ligadas a DVRs, ambas conectadas à internet, gravem suas imagens em nuvem, permitindo assim que os usuários criem contas ou grupos de contas para visualizar as câmeras. Um ponto interessante desta plataforma é a possibilidade de moradores de uma rua conseguirem criar uma conta comum e assim visualizarem câmeras pré-determinadas, como por exemplo as câmeras dispostas para a rua.

City Câmera Município de São Paulo
Programa City Câmera

A diferença entre a contratação normal do serviço (direto com a Camerite) e o programa City Câmera é que no programa as imagens serão visualizadas diretamente pela Guarda Municipal, fato que facilitará a identificação de delitos e auxiliará a corporação na proteção dos patrimônios públicos.

Na pratica este programa encontrará muitos obstáculos, dentre eles a instabilidade do serviço de banda larga. No Brasil ainda temos uma rede de banda larga com muita instabilidade e para um sistema que se baseia em nuvem, possuir apenas uma via de comunicação com a plataforma pode deixar muito vulnerável o sistema.

Outro ponto que coloca o projeto em dúvida é a capacidade de absorção das câmeras por uma única central de monitoramento. Além do fato de que os links da central precisarão ser extremamente robustos, ainda existe uma questão relacionada a capacidade de verificação dos operadores.

Cada operador consegue visualizar dois monitores de 23” com 16 câmeras cada, ou seja, 32 câmeras por operador, isto para que o operador tenha eficiência. Se dobrarmos a quantidade de câmera por operador para 64, ou teríamos que dobrar a quantidade de monitores ou teríamos que dobrar a quantidade de câmeras em cada monitor. Mesmos aumentando a capacidade de câmeras por operador, para se visualizar 10.000 câmeras, seriam precisos mais de 156 operadores, isso para que as câmeras ficassem abertas e fossem monitoradas.

É possível que se realize um ronda virtual pelas câmeras, ou seja, deixassem as câmeras abertas por um período restrito e depois abrissem novas câmeras na tela. Dividindo o total por 04, seriam visualidades 2.500 câmeras por período, através de aproximadamente 40 operadores. Mesmo com a implantação de um procedimento operacional extremamente eficiente, as ocorrências estariam sujeitas a coincidirem com o período em que a câmera estivesse aberta e o operador visualizando.

Além destes dois principais obstáculos, o programa ainda está sujeito a dificuldades de compatibilização de tecnologia e diferentes protocolos de comunicação no que tange os protocolos de compactação.

Acreditamos que esta iniciativa da Prefeitura de São Paulo é inovadora e ambiciosa, porém precisará de muito esforço para que não naufrague em seu primeiro ano de projeto ou deixe de atingir a meta de 10.00 câmeras até 2020.

 

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